quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O mundo contemporâneo

Assim está a nossa sociedade,

Com vários problemas ambientais

Que são uma parte da nova realidade

Assim como as guerras intercontinentais


Em pleno século vinte um

Sabem que há gelo em Marte

Mas a fome mata mais que um

E a sobrevivência é uma arte


Faixa de Gaza? Conflitos.

Síria, Irão? Atentados

Cidadãos vêem-se aflitos

Com seus direitos violentados


Porquê tanta morte?

Porquê tanta fome?

Será preciso ter sorte

Para que a paz se forme?


Para quê tantas armas?

Para quê descobrir o universo

Se faltam pães e camas

Neste mundo tão perverso.

Perdi-me!

Perdi-me nas minhas ideias

Assim, sem mais nem menos

Como quem se perde em aldeias

De riachos pequenos


Perdi-me das velhas intrigas

Dessa velha sociedade

Como quem se perde de amigas

Que destilam maldade


Perdi-me nos meus pensamentos

Como se estivesse no deserto

Numa estrada só de cruzamentos

Sem um só caminho certo


Perdi-me com a visão humana

Desse mundo luxurioso

De falsa gente puritana

Onde o mal é precioso


Simplesmente perdi-me!

Governantes grandes pensadores

Em que pensam esses governantes

Quando começam “grandes” guerras?

Agem dessa forma petulante

Para conseguir mais terras?


Em que pensam eles afinal

Quando invadem nações alheias?

Fazendo um massacre total

Até de pequenas aldeias


Onde param os seus pensamentos

Quando dizimam cidades?

Quando provocam sofrimento

Sem qualquer necessidade


Em que pensam esses governantes

Quando matam milhares de inocentes

Quando eles se tornam meliantes

Com esse comportamento indecente


Que pensam vocês governantes,

Quando destroem o mundo?

Se são de facto seres pensantes

Pensem apenas por um segundo.

Nós e as crianças

Se um dia todos nós já fomos crianças,

E muitos de nós as teremos no futuro.

Então porque não existe esperança?

Porque as deixamos no escuro?


Por que quebramos a confiança

E as deixamos largadas ao relento?

Por que assistimos as matanças

E só nos movemos em pensamento?


Nos tornaremos pagadores de fiança

Se as deixarmos assim sem direção

Se não lhes dermos toda a segurança

Vão ter pedras no lugar do coração


Por que os ricos enchem a pança

Enquanto vêem uma criança morrer

E estressados viajam para a França

Ignorando o que estão a ver


Se um dia todos nós já fomos crianças,

E muitos de nós as teremos no futuro.

Então porque não existe esperança?

Porque as deixamos no escuro?

momento de dor

Se existe nesse nosso mundo

Dor que nos tire o sul e o norte

Nos toque bem forte e fundo

É ela a temida morte


esperado momento cruel

Nunca preparados mente e coração

E eis que chega destilando fel

E eis que se vai céu e chão


Lágrima,beijos apertados abraços

Vagas tentativas de grande conforto

Talvez só seja preciso certo espaço

Para que encontres teu porto


Aqui estou nessa hora de dor

Palavras não tenho e jeito também não

Quero só te lembrar do meu amor

E do teu lugar no meu coração