domingo, 28 de outubro de 2007

Horas vagas

É nas horas vagas

Que me lembro de ti

Da minha alma em chagas

E do coração que parti


É nessa horas mortas

Que me quedo em lamentos

Por não ter fechado as portas

E trancado os meu sentimentos


Nesses ociosos momentos

Choro por só te ter tido

Em meus soltos pensamentos

Em tempos há muito idos


Nas minhas horas vagas

Lembro-me de te ter amado

E de todas as magoas

De se sentir ignorado


Ai, as minhas horas vagas

São o meu pior pesadelo,

A minha grande praga

Pois não posso esquece-lo

O amor do sol

O sol amanheceu triste

Com o coração destroçado

Com a pior dor que existe

A do amor recusado


Em jeito de declaração

Ao entardecer lhe falou

Entregando seu coração

E com ele seu amor


Relatou com fervor

Seu nobre sentimento

Aquele louco amor

Mais fresco que o vento


Mas ela não quis saber

Ela sequer quis ouvir

O que ele queria dizer

O que ele queria pedir


Depois da dor veio a revolta

O sol decidiu vingar-se

Tomou sua luz de volta

E ficou a vê-la pagar-se


Mas o amor foi maior

E a luz nas trevas brilhou

O sol sentiu-se melhor

E a amizade desabrochou

Apaixonei-me por ti

A muito que te queria dizer

O que me vai na alma

Não sei o que hei de fazer

E só a tua voz me acalma


Apaixonei-me por ti

No principio desse ano

E foi assim que descobri

Que cada vez mais te amo


Estou apaixonada por ti

Não o consigo negar

Foi algo que não previ

E que me esta a dominar


Quando me apercebi

De que estava apaixonada

Grande dor senti

Pois tinhas namorada


Agora que não há impedimento

Não consigo ganhar coragem

Para falar desse sentimento

Que não está só de passagem

Tempo

Não te entendo

Nem sei se alguém entende

Umas vezes rápido, outras lento

Não há certezas do que pretendes

Tudo sem tino, sem tento


Nem nome certo terás

Hora? Minuto? Segundo?

De certo nenhum deles será

Tu sempre dominarás o mundo,

E incógnito permanecerás.


Tu que todos conhecem

E ninguém sabe o nome

Pequeno muitos te querem

Outros querem-te enorme


Tu, tempo de tantos anos

Tu que és livre e solto

Não tens quaisquer donos

E por aí passeias revolto


Sem te perceber continuo eu

Embora fácil, podes ser complexo

Podes ser uma criação de Deus

Mas de ti sequer tenho reflexo